segunda-feira, 26 de julho de 2010

A lógica do discurso na Arqueologia

O ponto fraco da teoria está na prática. As vezes falha quando colocada em prática. É importante saber qual é o compromisso. Aonde estão os objetivos. Qual as formas de abrir espaço para novas idéias. O discurso atual não faz sentido.

Teoria é fluidez. Prática é aplicação de método. A mescla dos termos e conceitos é sempre a porção mais deliciosa do bolo. Por mais direto que sejamos, sempre existirão mistérios. Entre estes, serão encontrados "métodos" divergentes e formas incomuns de conhecer o passado. Qual é realmente o propósito da Arqueologia? Reescrever o passado, contar e desvendar a história da humanidade. Não estou bem certo. Parece que o propósito está perdendo de goleada para o contrato.

Revelan la irónica manera en la que murió Lucy, 'la madre de la humanidad'


Mesmo assim é preciso estado de espírito. Lógica discursiva e coerência na Arqueologia, no saber-fazer, no dia-a-dia. Os detalhes são sempre marcantes. Em geral ranger de dentes entre profissionais ou então algumas brigas bobas entre egos gigantes, nada de mais. Alguns olham para o lado, outros continuam olhando pra frente. Falta educação empreendedora na Arqueologia, falta iniciativa. Quando falta de um lado, sobra do outro.

Em geral, não se tem idéia do trajeto. Vai-se em frente mesmo assim. Ser arqueólogo é responder ao chamado. Atender às espectativas. É fazer broadcasting pela pré-história. É viver com propósito e clareza. Nem sempre se tem a mesma predisposição por mídias sociais ou assemelhados. Imagino o dia em que voltaremos a fazer Arqueologia; sim, aquela Arqueologia que aprendemos e não essa que nos tem dado. Estamos satisfeito, contudo. Antenados, porém.

peashooter85:   Ancient Mesopotamian cuneiform... | Andrew Ledford Views

Poderia se tratar de vício de linguagem. Nem tanto. Saída para o banquete, conjunto de palavras que alimentam a educação patrimonial; estaremos preparados? Faz mesmo sentido tanto discurso teórico sem um propósito social? Divulgar, poder de publicação. Vantagem e expectativa, surge a necessidade de ampliar, falar e repensar.

É preciso escavar as visões de mundo; as percepções, as diretrizes. Sair por aí contando ao mundo a lógica do pensamento arqueológico, facilitar a vida e apostar no conhecimento. É dolorido observar tanta cristalização. É preciso mobilidade. Coerência. Sentido. O potencial de fazer está nas mãos (ou na mente) de quem quer falar, explicar, opinar.