quarta-feira, 11 de junho de 2014

O técnico e a interpretação científica


Diferente do que se poderia pensar, a instrução passa pela experiência básica do erro. Não é acertando todas as vezes que vamos nos melhorar no sentido técnico do termo. 

Nesse sentido, o erro é interessante, como valiosa lição no aprendizado científico. É errando e acertando que se vai ajustando a postura científica e, com o passar o tempo o técnico passa a dotar a atitude de um intérprete das manifestações culturais arqueológicas. 

Todos tem o direito universal de interpretação, muito justo, visto que nem todos temos a oportunidade de acesso ás muralhas inacessíveis da universidade. 



No entanto, é a experiência do trabalho assíduo e disciplinado, que favorece aquele que busca uma qualificação necessária, mesmo distante da acadêmia, ou por conveniência ou por necessidade do trabalho. 

Portanto, a experiência é instrumento necessário à todo aquele que precisa recorrer, muitas vezes a recursos inacessíveis. 


No campo da Arqueologia isso se dá na necessidade de lidar com o desconhecido, muitas vezes em campo ou na instituição, mas com a certeza que o tempo é o único fator favorável para a compreensão, não apenas das culturas, mas de toda a realidade metodológica, das organizações, das instituições. 



A calma e a paciência, nesse processo, são virtudes de fundamental importância. Pyerre Teillard de Chardin, o Jesuíta que descobriu o dominador do fogo, homem de Pequim, afirmava que a prudência nas interpretações só é observada nos profissionais que são profundamente coerentes.